segunda-feira, novembro 09, 2009
SEM AVENTURA, SEM PAZ, SEM AMOR ... José Maria Lopes de Araújo
Não tentes, nunca, nunca, desvendar
O mistério que envolve o meu tormento…
É que, eu próprio não sei que sentimento
Me invade, quando fico a meditar …
Trago, na alma, um constante murmurar
Que acusa o meu inquieto desalento,
Como tarde outonal, de céu cinzento,
Como noite viúva de luar!
Embora seja amargo o meu caminho,
Deixem-me seguir, assim sozinho,
Muito agarrado à minha própria dor …
É que, só ela me pode entender,
E entender a razão do meu viver,
Sem ventura, sem paz e sem amor …
JOSÉ MARIA LOPES DE ARAÚJO
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1 comentário:
Lindo poema...muito vivido e muito triste...mas a nossa alma é que manda.
Beijos
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